20 de nov. de 2008

DELTA ESTAVA LÁ (R.E.M. em São Paulo)



R.E.M.
(Via Funchal, São Paulo, 11/nov/2008)

Michael Stipe e companhia fazem show dislumbrante!!!!

A temporada de shows em São Paulo não para, principalmente nesse mês de novembro. Era o terceiro evento rock n' roll que esse modesto blogueiro estava presenciando num espaço de cinco dias. Nossa, agora sei porque não consigo juntar dinheiro (hehehe). Como amo esse estilo, temos que aproveitar, pois boa parte das bandas que curto estão aproveitando para darem uma passadinha por essas terras. Isso é maravilhoso, mas ao mesmo tempo, triste, porque simplesmente não da para ver todas, por aquele motivo que também deve assombrar você (a falta de $$$$). Para se ter idéia, não terei como falar pra vocês como será o show do Duran Duran, pois não vai rolar de ir (snifsnif). Mas vamos falar de coisa boa, e falando de coisa boa, falamos de R.E.M. Sinceramente, não conhecia muito da banda até ouvir o grande disco “Reveal”, que tem o megahit “Imitation of Life”. Dá li para frente comecei a pesquisar e vi que essa banda tinha muitas pérolas em seu vasto repertório, já clássico. Como não deu para ir vê-los no grande show do Rock n' Rio III, o jeito foi torcer para que eles aportassem por aqui algum dia. Eis que esse dia chega. O ponto negativo foi a produção do evento, que marcou o show da banda para o Via Funchal. Nada contra a casa, mas a banda merecia algo bem maior, como um estádio, por exemplo. Por tocar num lugar relativamente pequeno, os ingressos foram inflacionados de maneira absurda. Como a banda não tem nada a ver com isso, (além disso, teve seus dois shows marcados com venda total de ingressos – soldout), adentramos num Via Funchal lotado, mas lotado mesmo. Fazia muito tempo que não via tanta gente na casa. Já dava para imaginar que o show seria diferente, já por causa do clima que os fãs levaram par ao show. Ah sim já estava esquecendo: Wilson Sideral abriu o show, lembram dele? Como é de praxe, cheguei atrasado e não vi o show do rapaz...Com um palco tendo ao fundo um telão cheio de efeitos, semelhante ao que vimos em shows do U2. “Living Well Is the Best Revenge”, do novo disco “Accelerate” dá as cartas e prova que esse show não será comum. E não foi mesmo. Era uma ligação fora do comum para o pop-rock, entre banda e público. Sem muito papo, hits massificados pelas nossas FMs e clássicos eram tocados em seqüência frenética. Michael Stipe, bem acompanhado de MiKe Mills e Peter Buck, comanda uma platéia como poucos. Nada de puxar o saco do país, bater palmas, esses tipos de coisa. Ele simplesmente hipnotiza a galera com seu repertório, que prioriza grandes canções do multi-platinado “Automatic for the People” como “Drive”, “ Nightswimming” (mostrando as habilidades de Mills com o piano, no melhor estilo John Paul Jones) e “Everybody Hurts”, aonde nessa última muitos vão as lágrimas. Outras grandes canções agitaram (e muito) a galera como “What's the Frequency, Kenneth?” (do disco Monster) e, claro, “Imitation of Life”, que acabou se tornando-se um dos ponto alto do show. Freqüentemente, era mostrado no telão imagens de Barack Obama, o presidente popstar da vez, que foi elogiado muitas vezes por Michael Stipe (“agora posso voltar para casa feliz, declamou o vocalista). Os anos 80 também tiveram vez no show: “Drive 8”, “Seven Chinese Brothers” e o mega-hit “The One I Love” levantaram os fãs. Mike Mills era uma disposição só e nem parecia que seus mais de 50 anos de vida fazia diferença. Nesse clima oitentista, a banda encerra o show com as cativantes “Orange Crush” e “It's the End of the World As We Know It”, que quase ninguém conseguiu cantar a música, por causa de seu ritmo alucinante. Com um telão provocante, aonde nele era visto mensagens para agitar ainda mais o público, era chegada a hora do bis com o já hit do disco “Accelerate”, “Supernatural Superserious” aquece o público para um dos momentos mais esperados da noite: sim, é “Losing My Religion” que “entra no palco” de maneira fabulosa. Todos cantam em uníssono, era impossível ouvir a voz de Stipe nessa música. O show poderi ater acabado ali, que ninguém reclamaria, mas Michael e sua turma tinha mais músicas na manga: “Maps & Legends”, “Begin the Begin” e a magistral (e preferida por esse rapaz que vos escreve) “Man On The Moon”, encerrando esse espetáculo histórico.
Após 25 músicas e mais de duas horas de uma aula de rock, era muito difícil assimilar o que essas seis mil pessoas tinham acabado de presenciar. Carisma, animação e clássicos transformaram esse evento num show deslumbrante.

Set List:
1. Living Well Is the Best Revenge
2. These Days
3. What's the Frequency, Kenneth?
4. Driver 8
5. Drive
6. Man-Sized Wreath
7. Ignoreland
8. Exhuming McCarthy
9. Imitation of Life
10. Pretty Persuation
11. Great Beyond
12. Everybody Hurts
13. Seven Chinese Brothers
14. The One I Love
15. I've Been High
16. Nightswimming
17. Bad Day
18. I'm Gonna DJ
19. Orange Crush
20. It's the End of the World As We Know It

21. Supernatural Superserious
22. Losing My Religion
23. Maps & Legends
24. Begin the Begin
25. Man On The Moon

TV DELTA ROCK PRESS
Música "Losing My Religion"

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