14 de nov. de 2008

DELTA ESTAVA LÁ (Nightwish em São Paulo)



NIGHTWISH
(Via Funchal, São Paulo, 07/nov/2008)

Anette Olzon: um show de personalidade e carisma!!!

Metal carvalho!!! Que saudade de ver um show do estilo. Desde o Avantasia de Tobias Sammet, não presenciava algo mais pesado no meio do rock. Uma chuva torrencial resolveu dar o ar da graça em São Paulo. Quase não chegamos ao Via Funchal a tempo, na modesta opinião desse que vos escreve, a melhor casa de shows da capital paulista. Com o atraso, perdemos o show de abertura, da banda Hevorah. Chegando ao recinto, senti falta do público “headbanger” no evento (cerca três mil pessoas compareceram ao show da sexta). Talvez a chuva tenha afastando a galera. Como os finlandeses do Nightwish iriam fazer um show também no sábado no mesmo lugar (ficamos sabendo que os ingressos para esse dia estavam todos esgotados) então, era só acompanhar o show na mais pura tranqüilidade.

A expectativa era total. Com o ótimo disco “Dark Passion Play” debaixo do braço, a banda é sucesso absoluto na Europa (é o disco de maior vendagem da banda, alcançando a impressionante marca de 1 milhão de cópias vendidas), mas ainda reticente aqui no Brasil, principalmente após a saída da vocalista Tarja Turunen, da qual o talento não se discute.

Com uma pontualidade quase britânica, eis que as 22h10 começa a rolar a bela intro que anuncia o inicio do espetáculo. O público, que não era muito, fazia um barulho sem precedentes, deixando crer que parecia que a casa estava lotada. Adentrando num palco bem elaborado, Tuomas Holopainen (teclados), Marco Hietala (baixo), Emppu Vuorinen (guitarra), Jukka Nevalainen (bateria) e Anette Olzon (vocal) já chegam arrebentando com duas músicas do novo disco: “Bye Bye Beautiful” e “Whoever Brings The Night”, mostrando tal qual é impressionante a qualidade do álbum. De maneira bem entrosada, o cartão de visitas foi dado de maneira honrosa por Anette Olzon, até então, a grande incógnita da noite. A performance continua arrasadora, com “The Siren”, do platinado disco “Once”, mostra que a vocalista adaptou-se muito bem as canções do tempo da Tarja.
“Dead To The World” do Century Child, “Amaranth” (segundo single do “Dark...”) e “Sacrament of Wilderness” (primeira surpresa da noite) mantém todos acesos, banda e público. A qualidade dos músicos já é conhecida por muitos. Aqueles teclados do Tuomas carregam uma orquestra completa, recriando de forma leal as partes gravadas em estúdio. Emppu é empolgação só, Marco, com seu tradicional jeito leva a galera nas mãos e Jukka destrói seu gigantesco kit de bateria. Mas a dona da noite é mesmo Anette. Quem duvidava do potencial da moça, tirou a prova no show. A evolução dela é clara, e quem viu os vídeos dela no You Tube e comparou com o show reparou bem nisso.

Que fique bem claro, Anette nunca vai ser Tarja Turunen, os estilos são totalmente diferentes. Tarja é uma cantora lírica, de qualidade impar. Anette é mais rock n' roll, agita mais, interage mais com o público, é bem carismática e tem um sorriso que faz qualquer um se apaixonar por ela (inclusive eu rsrsrs). A já hit “The Islander” mostra um lado acústico pouco explorado pela banda. Perfeito! Um dos ápices da noite (não teve só um, provando tal qual foi bom o show) deu se inicio com uma das melhores músicas feita pela banda: a épica “The Poet and The Pendulum”, simplesmente matadora ao vivo. Com seus 13 minutos, a música não deixa ninguém desviar o foco, com uma digna interpretação de Anette. A clássica “Wishmaster” continua a agitar os bangers, e talvez aqui foi aonde mais sentimos a falta da Tarja, a música simplesmente não encaixou na voz de Anette. “While Your Lips Are Still Red” (outra grata surpresa), “Sahara” e “Dark Chest Of Wonders” fecham muito bem essa parte do show. Todos estasiados pedem o retorno da banda. A galera é atendida prontamente no bis com “7 Days to The Wolves”. Para espanto de todos, é anunciado a última da noite. Com Anette agradecendo repetidamente o público, o sucesso “Wish I Had An Angel” finaliza essa grande noite.
Foi um grande show. Bom som e boa iluminação. Vale também destacar a boa interatividade da banda com o público, principalmente de Anette, mostrando a todos que o posto de vocalista do Nightwish esta em boas mãos. De ruim, foi o não comparecimento da galera (esse show merecia mais gente) e o reduzido set list. Bem que eles poderiam ter tocado “Nemo”, “Ever Dream” e “Over The Hills And Far Way”, mas aí, já entra a questão do gosto. E como sempre dizemos: set lists serão sempre o ponto de discórdias de todas as pessoa e de todas as bandas do mundo. Grande noite, grande show. Anetteeeeeeeee, casa comigo ???(rsrsrs).



1) Intro
2) Bye Bye Beautiful
3) Whoever Brings The Night
4) The Siren
5) Dead To The World
6) Amaranth
7) Sacrament of Wilderness
8) The Islander
9) The Poet and The Pendulum
10) Wishmaster
11) While Your Lips Are Still Red
12) Sahara
13) Dark Chest Of Wonders

Bis:
15) 7 Days to The Wolves
14) Wish I Had An Angel

TV DELTA ROCK PRESS: Nightwish em São Paulo.
Música "Dark Chest Of Wonders"

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