LEELA
(Sesc Sto André, Sto André, 24/out/2008)
Banda boa de palco!!!
Quem ouve e acompanha muito rock em geral já chegou num certo ponto de que pode separar todos as bandas em dois blocos: as de discos e as de palcos. Não entendeu? Vamos explicar então: banda de disco é aquela que lança um p*** disco, é comentado por todos, mas quando no palco, aonde bicho pega, ela não consegue passar a energia que contem no seu trabalho. Obviamente, supõe-se então que que banda de palco é aquela que chega em cima do palco e detona, independente se o disco é bom ou ruim. E o Leela se enquadra muito bem nessa segunda premissa. Com dois discos debaixo do braço, mas de qualidade duvidosa, a banda ao vivo mostra que as coisas ali são diferente.
Com muita energia e pegada, a platéia se envolve facilmente com a agitação de Bianca Jordão (voz e guitarra), Rodrigo Brandão (guitarra), Tchago (baixo) e PHD (bateria). Divulgando o recém - lançado (e mediano) “Pequenas Caixas”, a banda trouxe seu show para Santo André. Com um publico bem pequeno, com a maioria de meninas adolescentes, a banda entra mandado músicas do seu primeiro disco, o bem aceito comercialmente (mas sofrível) homônimo. Destaque para “Te Procuro”, que levantou a galera. Com uma interação bem legal com a platéia, chega um ponto diferente do show. A vocalista Bianca convida uma pessoa da platéia para subir no palco e a convida jogar vídeo game. Isso mesmo. Com a apresentação no telão atrás do bateria, fica legal ver a ligação da música com o jogo (que pode ser visto no site oficial da banda).
Uma postura de palco interessante e bem acima da média de muitas coisas que vimos por aí, o grupo vai conduzindo bem a platéia até com as músicas novas, não deixando a peteca cair no sua uma hora que durou o show.
Como falamos, no disco, a banda tende a evoluir, e muito, mas no palco , eles são carismáticos e precisos. Agradável show.
Após o show, trocamos uma idéia com o pessoal da banda:
DELTA ROCK PRESS: Como é tocar para um pública tão seleto, como o de vocês?
LEELA: É legal, pois o show fica passando entre o underground e o intimista, aonde a interatividade fala bem mais alto, você pode ver a parte do vídeo game, que foi um asecada bem diferente.
DRP: É mesmo. Senti que a banda esta bem melhor ao vivo, o que se deve a isso?
L: Achamos que isso vem naturalmente com o passar dos shows, tivemos um salto gigantesco do primeiro para o segundo disco. E isso é passado para o palco. Nossos novos equipamentos também estão fazendo a diferença no show.
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