12 de dez. de 2008

DELTA ESTAVA LÁ (Judas Priest em São Paulo)



DELTA ESTAVA LÁ.

JUDAS PRIEST
(Credicard Hall, São Paulo, 16/nov/2008)

Uma aula de como se faz heavy metal!!!

A temporada de shows não pára em São Paulo. Para todos os gostos e tipos, em novembro, a grande Sampa comportou um recorde no quesito “shows internacionais”.
Depois se sermos “nocauteados” com mega-shows do R.E.M., Planeta Terra Festival, Nightwish, entre outros, era a vez de vermos como os veteranos do Judas Priest se comportariam perante ao público paulista.
Com a turnê “Nostradamus” marcada em dois dias aqui em São Paulo, fomos conferir um show mais tranqüilo, o de domingo (ficamos sabendo que o show de sábado foi “sold out”). Movimento sossegado em mais um dia de metal, a expectativa era grande para conferir Halford, Tipton, K.K., Hill e Travis em seu novo show do contestado (e criticadíssimo) disco “Nostradamus” (acho que só eu gostei do disco). Depois de um papo com o pessoal da TV Cultura, adentramos ao Credicard Hall com cerca de 5 mil headbangers ávidos por metal. Pontualmente as 20h00s, os mestres do metal entram num p*** palco cheio de elevadores, bandeiras e outras “churumelas” de dar inveja para o pessoal da música pop (o metal merece respeito rsrs), eis que a banda manda “Prophecy” (do disco que só eu gostei), “Metal Gods” e Eat Me Alive” numa sequência alucinante. Porrada atrás das orelhas, o Judas, logo de começo já mostra com quantas guitarras se faz um bom metal. Nesse caso, são duas das melhores guitarras gêmeas do rock, K.K. Downing e Glen Tipton dão um show de entrosamento no palco. Com um som bem equalizado (isso é difícil no Credicard Hall), “Between...” e “Devil Child” mostra um Ian Hill (baixista) nunca visto. Sempre comedido nos shows, nesse aqui ele era pura agitação. “Breakin the Law” é aquele hino que todos conhecem. Para se ter uma idéia, Rob Halford (voz) não precisa de muito esforço para cantá-la, pois o público faz isso por ele. Falando em cantar, o “velhinho-bambi” esta cantando (e agitando) pra carvalho, estando na sua melhor forma. O palco também ajudava na sua performance, mesmo esse sem os famosos efeitos pirotécnicos. Era um “aparece-desaparece” nos elevadores (isso mesmo, elevadores) colocados no palco, que era muito comum ouvimos na platéia algo do tipo “aonde ele está?”.
Na longa e épica “Death”, o vocalista tem seu momento “Freddie Mercury” da noite, aonde ele sai debaixo da bateria de Scott Travis, sentado num belo trono, todo vestido de rei (ou rainha, como queiram...). Belo momento do show!
Foi emocionante ver (e ouvir) “Hell Patrol”, “Dissident Aggressor” e “Angel” (do grande disco “Angel of Retribution”), ou seja, clássicos atrás de clássicos. A dupla “The Hellion/Electric Eye” nos mostra um backdrop (aquelas bandeiras que ficam ao fundo do palco) com um olho gigante e impressionante. Muitos ali estavam vendo o Judas Priest pela primeira vez e ficavam impressionados com a performance da banda. E era realmente inacreditável ver Rob Halford chamando todos para cantar hinos máximos da história do metal, pois, não esqueçamos que estamos falando de uma banda que seus membros já tem mais de 60 anos, por aí, vocês já podem tirar uma base. Como show bom, o tempo passa rápido, quase não percebemos que já havíamos presenciado 1h30 de espetáculo. Mas faltava ELA, sim: PAINKILLER. Com um show particular de Scott Travis, o grande clássico de Judas chega para destruir o palco. Avassaladora, é só isso que podemos dizer. Gritos de Judas Priest eram ecoados por toda a casa. Pronto. Poderíamos ir pra casa felizes da vida com essa aula de metal. Eu disse poderíamos? Sim, mas ainda tinha mais. Na sua famosa moto, Halford e banda voltam para o bis mandando “Hell Bent for Leather” e surpreendente “The Green Manilishi”, aonde Halford faz inúmeras brincadeiras com a platéia, no tradicional “ohohohoh”. Mas como todo sonho bom tem que acabar, “You've Got Another Thing Coming” entra como a saideira definitiva do show. Detalhe legal nessa música foi que Rob Halford quase não cantou-a, provando o sucesso da mesma (que fora incluída no game “Guitar Hero”). Final perfeito para um show perfeito. Tirando a magnitude e o setlist do show de 2005, podemos considerar que esse show foi bem superior ao show citado. Uma banda mais solta e bem mais entrosada após a volta de Rob Halford, mostrou para a galera como se faz um show de heavy metal de verdade. Um dos melhores do ano!!!

Set List:
01. Intro: Dawn of Creation
02. Prophecy
03. Metal Gods
04. Eat Me Alive
05. Between the Hammer and the Anvil
06. Devil's Child
07. Breaking the Law
08. Hell Patrol
09. Death
10. Dissident Aggressor
11. Angel
12. The Hellion / Electric Eye
13. Rock Hard, Ride Free
14. The Sinner
15. Painkiller

16. Hell Bent for Leather
17. The Green Manalishi (With the Two-Pronged Crown)
18. You've Got Another Thing Coming


TV DELTA ROCK PRESS
Música "Breakin the Law"

Nenhum comentário:

Postar um comentário