13 de dez. de 2008

DELTA ESTAVA LÁ (Andre Matos em Santo André)



DELTA ESTAVA LÁ

ANDRE MATOS
(Sesc Sto André, Santo André, 21/nov/2008)

Galera aproveitem aqui mais uma dica desse humilde rapaz (hehe): não vão para um show sem ingressos. Apesar dessa dica, eu nunca aprendo e continuo a dar minhas cabeçadas. Chegando todo feliz e saltitante ao Sesc de Santo André (um dos melhores lugares para se ver show no ABC), tal qual não foi minha surpresa (surpresa “broa” nenhuma, eu sabia do risco que corria...) quando cheguei ao local e não tinha mais ingressos!!!Negocia dali, conversa de lá e alguns minutos depois conseguimos nossas preciosas entradas (e ainda por cima à 5 reais, maravilha!!!). Esse seria o segundo show do Andre e trupe que veria após o mesmo sair do Shaman (contando com os shows do Angra e Shaman, esse seria o show de número “1735” que presenciava do rapaz) e tal qual não era a expectativa de ver as músicas do disco “Time to be Free” ao vivo. Com a casa lotada, precisamente as 22 horas, o vocalista André Matos, uma das maiores bandeiras do metal brasileiro entra em cena mandando “Let it Go” e “Rio” numa tacada só. Bem assessorado por Hugo Mariutti (guitarra), Luis Mariutti (baixo), André Hernandes (guitarra), Fábio Ribeiro (teclado) e Elói Casagrande (baterista de apenas 18 anos), o cantor domina o palco como poucos. Tem quem não goste, mas algo que não se pode ignorar é que ele já escreveu sua história no metal “made in Brazil”. Falando em história, era a vez do vocalista mandar músicas do Shaman (ou Shaaman, a escolha é do freguês), e foram duas na sequência: “Distant Thunder” e “Here I am” para alegrar os antigos fãs. A competência é a marca da banda. Todos estão bem entrosados e sabem o que tem que fazer na hora certa, assim todos se destacam em meio ao vocalista. “Living for the Night”, do Viper vem na seqüência para fazer a alegria dos nostálgicos (inclusive eu). O set estava bem diversificado e coeso, fazendo um típico “Best of” de sua carreira. Até música do grande Virgo (projeto dele com o produtor sensação do momento Sascha Paeth) foi executado pela banda. Mas o momento que todos esperam mesmo é por músicas do grande Angra. E não demora muito para “Nothing to Say” ser ovacionada. Um solo de André Hernandes vem na seqüência (aff até quando esses artistas vão entender que solos são um porre vu!) para preceder umas das maiores músicas que o Angra já fez em sua carreira: “Lisbon”. Como essa música é maravilhosa, carvalho, não enjôo de ouvi-la. Meu “sonho” é ouvi-la com a formação atual do Angra (será que tem formação atual ainda? Do jeito que as coisas estão feias para a banda, sei não viu...), “ver” como soa na voz do Edu Falaschi. Como isso parece ser uma coisa irreal, vamos tocar a vida com o solo de bateria de Elói Casagrande. Aqui vai uma ressalva: quem acompanha meus posts sabe muito bem como abomino, odeio e ignoro solos de bateria. Acho um desperdício danado de tempo, pois nós já sabemos que esses caras são os “bambambams”, mas aqui cabe um caso diferente, e o diferencial é esse moleque. Com apenas 18 anos (isso mesmo, 18 anos!!!) ele já toca como um veterano aliando a garra e a energia, facilitados, claro, pela idade. Esse menino é um achado do André. Dando o procedimento ao show, chega o momento “love” da noite com “Faire Tale”, aquele música da novela da Globo que consagrou o Shaman, lembra? Não?então, procurem no “George”, ops, eu quis dizer “Google”, encerrando o show. Ovacionado, e com o “jogo ganho”, André Matos volta para o bis com a clássica “Carry On” (um doce para saber de que banda é a música) para a felicidade dos presentes ao evento. O que diferencia o cantor nos shows é que ele não fica naquela de “rapper” do tipo “vamos salvar o metal nacional, morte ao falso metal”, essas coisas, mostrando que o negócio é chegar e cantar, pronto e acabou. E acabou mesmo (e o show acabou mesmo hehe), dessa vez com a faixa título “Time to be Free”. Como se observava na platéia, percebia-se que era o primeiro show que viam do vocalista (contando até os de suas antigas bandas), então, essas mesmas pessoas ficaram maravilhadas com o que acabaram de ver. Mas, como eu já vi “3451” shows do cara, achei-o normal, ou seja, bom e competente como sempre.

TV DELTA ROCK PRESS
Música "RIO".

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