5 de abr. de 2009

DELTA ESTAVA LÁ (Iron Maiden em São Paulo)



IRON MAIDEN
(Autódromo de Interlagos, São Paulo, 15/mar/2009)

A melhor banda “ao vivo” de todos os tempos!!!

Ir a um show do Iron Maiden sempre é cercado por muita expectativa e uma experiência única. Se antes, isso era só percebido pelos headbangers, hoje podemos observar que todos que curtem o bom e velho rock fica atento para esse grande evento, tendo até cobertura maciça da grande mídia. E como esses caras são grandes aqui no Brasil. Pagando a promessa feita no ano passado de que retornariam para o Brasil para finalizar (a mesma) a mega-hyper-super-maxi-inter-bem-sucedida-que-deixou-os-caras-mais-ricos-ainda-nessa-turnê (ufa!!!) “Somewhere Back in Time World Tour”, o Iron Maiden, desembarca em Sampa com uma super responsa de fazer um espetáculo melhor ainda do que foi o maravilhoso show de 2008 no Palestra Itália na frente de 40 mil maidenmaníacos. Como nem tudo é perfeito, alguém tinha que pisar na bola, e nesse caso foi a Mondo Entretenimento, produtora do show. Primeiro: o dia do show, meu amigos, domingo não vira fazer show em São Paulo, parece que se esquece que 90% da galera que vão aos eventos desse porte trabalham ou estudam no outro dia. Segundo: por ter escolhido o Autódromo de Interlagos, de difícil acesso, longe pra carvalho e com aquele trânsito “maravilhoso”. Terceiro: acho que eles não esperavam as quases 100 mil camisas-pretas (números “oficiais” constam que haviam 63 mil pessoas, para não pegar mal para a queimada produtora...)que, literalmente, invadiram o local. Quarto: o lugar não estava preparado para a torrencial chuva que banhou São Paulo, que além de danificar equipamentos (causando até o cancelamento do show da promissora banda Shadowside), criou um lamaçal sem fim (imagina minha pessoa lavando as calças na alta madrugada de domingo para segunda para não levar bronca da mãe, hehehe). Quinto e pior momento: a saída, imagina 100 mil pessoas saindo do autódromo por apenas um lugar de mais ou menos 12 metros? (problema esse que enfrentei também no Just a Fest, festival que tocou o Radiohead, com proporções bem menores) Só não aconteceu uma catastrofe porque todos estavam felizes com acabariam de ver em minutos (ou horas, pois teve gente que demorou 2 horas para deixar o local)antes. Mas, nem esses grandes problemas derrubam fãs ávidos por Iron Maiden. Com lama até o talo, eis que, com uma hora de atraso (justificado, pois ainda tinha muita gente do lado de fora), 100 mil pessoas presenciariam o que se tornaria um ápice do que é e de como se faz um show de verdade. Com o palco completo da turnê, ou seja, magistral é pouco, os já senhores Bruce Dickinson, Steve Harris, Dave Murray, Adrian Smith, Janick Gers e Nicko Macbrain chegam detonando com tudo “Aces High”. Público estasiado, palco em chamas e banda no auge. Essa é a tendência de todas as 2 horas de shows que presenciamos. Sem deixar a peteca cair um segundo, "Wrathchild" e "Two Minutes to Midnight" fazem os bangers agitarem ainda mais. Nem dá para destacar alguém da banda, pois eles estão nas pontas dos cacos de tão perfeitos que são ao executarem seus clássicos. Teve gente que chorou com “Children of the Damned” por ouvi-la pela primeira vez. E tome clássicos da magnitude de "Phantom of The Opera","The Trooper", "Wasted Years" e da épica "Rime of The Ancient Mariner" com seus 15 minutos que hipnotizaram todos. O legal é que o palco, que não economizava em efeitos pirotécnicos, mudava seu visual de acordo com a música com a qual a banda estava tocando. Sinceramente, foi um dos melhores visuais que já presenciei em mais de 10 anos de rock. Perfeito!! Nesses momentos, já tinha até me esquecido que estava coberto de lama, num verdadeiro clima “Woodstock” sem sexo (pelo menos, não que eu saiba, hehehe). Nem preciso falar que “Powerslave” foi um destaques de todo o show. Que música!!! Ela é simplesmente maravilhosa. Também não preciso falar que “Fear of the Dark” foi a mais cantada (que chegava até a arrepiar, me lembrando para o já antológico show do Rock in Rio 3) pois essa, até meu irmãos que curtem rap e eletrônico conhecem. Com gente nos morros do autódromo, “Run to the Hills” não poderia ficar de fora do show. Sua parte ritmica faz qualquer um bater as palmas, de tão cativante que é. “Iron Maiden” chega finalizando essa parte do show de maneira única. Mas não acabou por aqui, pois o ator Vicente Price declama a famosa introdução de "The Number of The Beast", deixando o público com aquele sorriso. Uma das minhas preferidas, “The Evil That Men Do” nos apresenta Eddie, o mascote mais famoso da história da música, em duas formas: uma andando pelo palco, igual ao da turnê do disco “Somewhere in Time”, e a outra, esse gigantesco, parecendo uma múmia, referência ao disco “Powerslave. Aqui vale mais uma ressalva, pois nínguém tirava os olhos do palco, todos deslumbrados com o mesmo com os “Eddies” e cheio de efeitos especiais e pirotécnicos. “Sanctuary”, infelizmente, anunciava o final desse maravilhoso dia, mas não menos de forma estrondosa, como todos os clássicos executados na já quase segunda-feira. Sim, acabou mais um show da donzela. O que é bom dura pouco (aff, podia terminar sem esse clichê). Mesmo com todos os problemas de organização, nada pode tirar os méritos desses caras, que mesmo sem tocar em rádios ditas populares consegue arrastar 100 mil felizes headbangers.
Não foi a toa que os críticos do British Awards deram um prêmio ao Iron Maiden de melhor banda “ao vivo” de todos os tempos. Nunca viu eles ao vivo??? Agora só em 2011, até lá, haja mais expectativas!!!

Set List:
1. Aces High
2. Wrathchild"
3. Two Minutes to Midnight
4. Children of The Damned
5. Phantom of The Opera
6. The Trooper
7. Wasted Years
8. Rime of The Ancient Mariner
9 Powerslave
10. Run to The Hills
11. Fear of The Dark
12 .Hallowed Be Thy Name
13. Iron Maiden

Bis:
14. The Number of The Beast
15. The Evil That Men Do
16. Sanctuary

TV DELTA ROCK PRESS
Música "Aces High"

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